sábado, 5 de novembro de 2011

Mantras, Hinduísmo e o Yôga

Após alguns poucos meses praticando yôga, pude aprender além de muitos "ásanas" que são as posições que fazemos com o corpo, aprendi também a pesquisar e conhecer um pouco mais sobre essa cultura oriental antiquíssima, sábia e muito interessante. Vamos começar pelo começo, 'yôga' é uma palavra em sânscrito que significa união, integração. A prática de yôga chegou na hora que tinha que chegar, para mim aos 34 anos de idade. Surgiu uma oportunidade e resolvi aceitar esse desafio de equilibrar corpo e mente, achei que não ia ser nada difícil. Mas apenas depois da primeira aula de Hatha Yoga é que comecei a procurar entender melhor essa prática que me deixou dolorida por uma semana.
A segunda aula foi de Power Yoga, um pouco mais rápida do que a Hatha Yoga, mas igualmente difícil. Me identifiquei mais com a Power Yoga, porque sempre tive dificuldade em meditar ou ficar quieta durante muito tempo, então, como ela exige movimentos mais rápidos, resolvi optar por ela e não me arrependo.
Um dos ásanas que fazemos é chamado de Guerreiro Um e a professora corrigia nossa postura dizendo que o joelho tem de ficar a noventa graus enquanto a outra perna está esticada, os braços retos na direção do ombro, ou seja, que não podíamos fazer qualquer guerreiro, éramos um Guerreiro de Shiva, ora bolas, vamos ser firmes! Não posso deixar de mencionar que a respiração é muito importante. Aprendi até que aquela história de inspirar pelo nariz e expirar pela boca é tudo uma grande bobagem. Temos que respirar somente pelo nariz. A boca é pra falar, comer e outras cositas, mas não respirar.

Óbvio que me interessei por Shiva. Fui pesquisar e claro que descobri milhões de coisas a seu respeito. Comecei por seu mantra, Om Namah Shivaaya, belíssimo com o Krishna Das e fui tentar descobrir o que significava para não ficar repetindo algo que eu não tinha a menor ideia do que significava. OM NAMAH SHIVAAYA é o maha mantra de Shiva, o mais importante, o mantra quer dizer "Me curvo diante de Shiva", mas como tudo na vida, não é tão simples assim. Om é o primeiro mantra, é o som do universo. Namah é uma saudação. Na verdade é uma saudação ao Shiva, a divindade, que existe dentro de cada um de nós. Lord Shiva ou o Senhor Shiva faz parte da TRIMURTI, da Trindade hindu constituída pelos deuses: Brahma (criação), Vishnu (preservação) e Shiva (destruição). Mas Shiva não é apenas a força cósmica da destruição, mas da renovação. Mas para renovar é preciso destruir o que está ultrapassado.
Como tenho lido muita coisa ultimamente estou chegando à conclusão de que realmente Deus é tudo, tudo que existe, existiu e sempre existirá. E nós somos seus filhos, com um pedacinho divino dentro de cada um de nós. Mas o problema é aceitarmos isso com facilidade depois de anos e anos ouvindo que somos pecadores, que não somos merecedores e blá blá blá. Somos merecedores do que quisermos ter, do que realmente desejarmos e acreditarmos. Inferno não existe. Somos seres criativos assim como nosso Pai, vivemos criando situações, problemas, soluções, amor, felicidade, depende do que quisermos criar para essa nossa experiência na Terra. Bom, voltando a Shiva, o mantra é um chamado para o despertar do nosso Eu Divino, da divindade que reside dentro de cada um de nós. Cliquem no link, ouçam a música, aliás mantra e vejam o que acham. No próximo post vou colocar a letra e a tradução aproximada.
Namastê! O deus que habita em mim saúda o deus que habita em você.

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